A Scientific American deste mês tem um artigo dedicado aos CubeSats, satélites de reduzidas dimensões que se estão a tornar cada vez mais populares na investigação científica, em grande parte graças ao avanço da microelectrónica. Estes satélites têm uma grande vantagem: o custo.
Para além das razões óbvias na redução dos custos (peso reduzido, etc.), há uma vantagem adicional em relação aos restantes “microsatélites”: as dimensões e o peso dos CubeSats, assim como outras especificações, são estandartizadas, o que facilita os seus lançamentos em massa. Cada CubeSat deve ser um cubo com 10 cm de lado e não ultrapassar 1 kg.
Esta uniformização, que trouxe a grande vantagem do custo reduzido, acabou por ter uma série de consequências positivas, em particular a seguinte: muito mais equipas de investigação, e até de estudantes universitários, podem agora ter os seus projectos espaciais. Para além disso, pode-se fazer investigação mais experimental e arriscada, visto que o dinheiro perdido em caso de falha não é particularmente grande.
Espera-se que brevemente o custo do equipamento e lançamento se reduza a 10 mil dólares, o que poderá fazer com que projectos amadores também entrem em cena. Poderão mesmo vender-se kits de CubeSats para montagem por esse preço, com lançamento incluido. Talvez no futuro cada pessoa interessada possa ter o seu próprio satélite!