No dia 1 de Julho de 1940, foi inaugurada uma ponte nos EUA chamada Tacoma Bridge, que viria a durar apenas 4 meses. De facto, no dia 7 de Novembro de 1940, um vento costante de menos de 70 km/h fez a ponte oscilar de tal forma que esta acabou por colapsar. Mas como pode uma ponte colapsar com um vento constante não muito forte? A história torna-se ainda mais estranha quando se vê o video abaixo.
Ao contrário do que afirmam alguns comentadores do youtube, este video não é falso. Mas, voltando à questão anterior, como pode um vento de menos de 70 km/h provocar estas oscilações?
Para termos uma ideia do que se pode estar a passar é possível fazer uma experiência relativamente simples, com uma mola mais um peso na ponta. Experimente-se fazer a mola oscilar devagar, para cima e para baixo. O resultado é evidente: a mola vai oscilar devagar. Experimente-se agora aumentar, a pouco e pouco, a frequência dos impulsos que estão a provocar a oscilação. O resultado continua a ser intuitivo: as oscilações da mola vão ser cada vez maiores.
No entanto, se continuarmos a aumentar a frequência com que fazemos a mola oscilar, é possível que cheguemos a um resultado de alguma forma surpreendente: as oscilações da mola vão começar a diminuir. De facto, as oscilações da mola não aumentam sempre que aumentamos a frequência dos nossos impulsos. Na verdade, vai haver uma certa frequência para a qual as a amplitude das oscilações da mola é máxima. Essa frequência tem um nome especial: é a frequência natural da mola.
Voltando à ponte, foi precisamente isso que aqui aconteceu. Os engenheiros que projectaram a ponte esqueceram-se que ventos comuns poderiam colocá-la a oscilar precisamente na sua frequência natural, aquela que corresponde à amplitude máxima das oscilações. O resultado foi o que se viu.
Ao contrário do que muita gente pensa, não é o Adobe AfterEffects que desvenda os segredos deste video. É a física.