Thursday, July 22, 2010

Educação em Plano Inclinado

O Plano Inclinado do passado sábado foi sobre educação, tendo como convidada a professora Rosário Gama. Deste programa, cujo video se encontra abaixo, gostaria de destacar três momentos, que me parecem especialmente relevantes.

O primeiro tem que ver com uma frase dita por Rosário Gama em que chama a atenção para o facto de testes facilitistas não distinguirem alunos. Um exemplo: na sua escola, alguns professores mais exigentes vêem as notas dos alunos subirem nas avaliações externas. Aqui, alunos de 13 e 14 passam a 18 e 19, o que faz com que desapareça a distinção estes alunos e os alunos que já têm excelentes notas. Isto é preocupante por duas razões: é injusto e um desincentivo para os melhores alunos e não reflecte o estado da educação nas estatísticas.

Outra coisa interessante que Rosário Gama refere, embora pareça paradoxal, acaba por ser verdade. A professora diz que os alunos gostam dos professores exigentes. Medina Carreira desconfia, mas Nuno Crato confirma que é verdade, e explica muito bem porquê. Num reino onde a balda é a regra, os alunos percebem que onde há exigência vale a pena trabalhar porque de facto aprende-se alguma coisa. Com os professores baldas, pode ser tudo muito divertido ao início, mas pouco depois torna-se óbvio de que tudo aquilo é uma perda de tempo irrelevante. Da minha experiência enquanto estudante, também confirmo, de uma forma geral, o que foi dito pela professora Rosário Gama.

Finalmente, há um dado importante sobre a importância dos exames. Rosário Gama diz que o estudo dos alunos é melhor quando são avaliados por exames. É verdade. O interesse dos exames nacionais não é só avaliar de forma justa e igual todos os alunos de Portugal. É também obrigá-los a estudar de forma séria, aumentando o grau de aprendizagem e de conhecimento.